Empresa está otimista com as perspectivas de negócios já que a maior parte dos empreendimentos viabilizados não têm fornecedores de equipamentos contratados
A WEG está otimista com o mercado nacional no segmento de GTD, principalmente depois do leilão A-6, realizado na última sexta-feira, 18 de outubro. A empresa afirmou que está em conversas com empreendedores vencedores do certame em todas as fontes. Em eólica e solar estão as maiores oportunidades em função de muitos projetos ainda não estarem com os fornecedores de equipamentos definidos. Em térmicas a empresa deverá focar nas menores enquanto que em hídricas já tem alguns acordos, assim como para biomassa.
“O leilão se mostrou positivo e indica aumento nos negócios de energia no país. Também a reboque disso há uma perspectiva de retomada de investimentos em bens de capital. No leilão foram 2,9 GW e R$ 11 bilhões de investimentos”, lembrou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Paulo Polezi. “Em eólica (…) são R$ 4,5 bilhões de investimentos, não contamos com pré-contratos, mas sabemos que boa parte não tem fornecedor definido, então vamos buscar oportunidade nesses empreendimentos, temos nossa máquina de 4,2 GW que permite concorrer nesse mercado”, avaliou ele.
A avaliação do executivo quanto à fonte solar segue a mesma linha. Ele revelou que a companhia apresentou cotações para projetos no leilão, mas que também não fechou pré-contratos. Contudo, disse ele, a empresa confia em seu track record no setor para buscar novos acordos de fornecimento porque a maioria dos empreendimentos viabilizados também não contam com a definição do fornecedor de equipamentos.
Nas duas demais fontes ele classificou a WEG como mais bem posicionada em comparação às duas anteriores. Para a fonte hídrica a empresa vê um potencial de atender a 25 das 27 usinas negociadas, todas as PCHs e CGHs. E ainda comentou, para quatro desses empreendimentos já há um contrato fechado, sem revelar quais. “Nas demais estamos trabalhando em cotação e há uma chance real de fornecimento de geradores”, apontou. Já para a térmica o portfólio da companhia está mais focado para as de menor porte, que é o foco da empresa. Em biomassa dos seis empreendimentos, comentou Polezi, já foram fechados contratos com três usinas.
O executivo comentou durante teleconferência com analistas e investidores que o timing do investimento pode ficar com andamento variável. Lembrou que é mais demorado são para PCHs e eólica e mais rápido para solar e biomassa. Com isso, afirmou que a empresa deverá ver o impacto da chegada de pedidos para o segmento de GTD para os próximos cinco anos.
Ainda na solar, mas no segmento de geração distribuída, a empresa aponta que as perspectivas são positivas para o mercado mesmo com a proposta que a Agência Nacional de Energia Elétrica para a revisão das normas da REN 482/2012, que está em consulta pública. Para a empresa o volume que vem sendo registrado nesse mercado foi uma surpresa, e classificaram o volume como bom. Nesse segmento a estratégia da WEG continuará sendo como fornecedora de equipamentos a integradores e não por venda a consumidores finais. Um modelo que a empresa acredita funcionar bem.
Mesmo com a regulação a empresa está otimista com o crescimento do mercado. Tanto que vem investindo em um galpão e Itajaí (SC) para aumentar a capacidade de separação de kits. Para a WEG, a GD local deverá ter mais atrativa quando comparada à GD remota diante da proposta de regulação. “Nossa perspectiva é positiva e vemos que há oportunidades nesse negócio para os próximos anos”, acrescentou ele.
No final do terceiro trimestre a companhia viu os resultados em GTD desacelerarem. A receita em GTD recuou 6%, puxada pelo desempenho no mercado interno que caiu 22% ante um aumento de 20% nas vendas para o mercado externo. Por aqui, o destaque de baixa veio no mercado eólico e no exterior o aumento das vendas de transformadores e sinergias entre Estados Unidos e México.
Outro destaque revelado é o fechamento de um acordo para o fornecimento do conjunto de powertrain e sistemas auxiliares com a Volkswagen para a produção do caminhão elétrico e-Delivery de característica de entregas urbanas. Inicialmente são pedidos para 1.600 unidades que serão comercializadas pela montadora.
Fonte: Agencia Canal Energia.