Relatório produzido pela Global Battery Alliance mostra que expansão das baterias pode gerar 10 milhões de empregos
Para Dominic Waughray, diretor da plataforma de bens públicos globais e diretor administrativo da Fórum Econômico Mundial, reduzir a pegada de carbono do mundo é o principal desafio do século XXI. Segundo ele, nos próximos dez anos, as baterias modernas que impulsionam a quarta revolução industrial representam a maior perspectiva de reduzir a poluição atmosférica. Para essa expansão, os investimentos em baterias deveriam ficar em US$ 550 bilhões acumulados ao longo de toda a cadeia de valor nos próximos 10 anos, juntamente com um conjunto de intervenções direcionadas. Outra necessidade seria a expansão na mineração. Para Martin Brudermüller, presidente do conselho de diretores executivos da BASF e co-presidente da Global Battery Alliance, é preciso desenvolver uma cadeia de valor sustentável, circular e de baixo carbono para as baterias, mas ele alerta que isso só poderá ser alcançado com a cooperação efetiva entre empresas, organizações internacionais, governos e sociedade.
Embora a cadeia de valor da bateria cresça anualmente em 25% na próxima década, o nível de crescimento não será suficiente para ajudar a cumprir as metas do Acordo de Paris, segundo o relatório. Sem focar no desperdício e nos trabalhadores, esse crescimento descoordenado poderia colocar ainda mais pressão ambiental e social no mundo.