Joint-venture investirá US$ 700 milhões em projeto de 565 MW, no Rio de Janeiro
O Pátria Investimentos, Grupo Shell e a Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS) anunciam nesta segunda-feira, 11 de fevereiro, a construção e operação da usina termelétrica a gás Marlim Azul, em Macaé (RJ). A parceria prevê o desenvolvimento da planta, assim como a comercialização de sua energia, tanto no mercado cativo, através de leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro de 2017, como no ambiente de contratação livre de energia (ACL), através da Shell Energy Brasil S.A. O projeto será 50,1% do Pátria Investimentos, 29,9% do Grupo Shell e 20% da MHPS.
“Esse projeto é extremamente importante para o desenvolvimento da indústria energética e da economia brasileira. Acreditamos que essa iniciativa vai ao encontro das necessidades desse setor”, afirma Otavio Castello Branco, sócio do Pátria Investimentos.
A usina Marlim Azul (565MW) foi o primeiro projeto vencedor dos leilões de energia com gás do pré-sal brasileiro, com um dos custos variáveis unitários (CVU) mais competitivos entre as usinas a gás. A planta entrará em operação em 2022, disponibilizando ainda energia adicional a ser vendida no mercado livre. A joint-venture investirá US$ 700 milhões na construção da termelétrica, que terá a Shell Brasil Petróleo Ltda. como fornecedora de gás para a planta.
“Esse é um passo estratégico fundamental para a Shell no Brasil na diversificação de seu portfólio e na transição energética no país. Buscávamos uma maneira eficiente de monetizar o gás natural que será produzido nos campos do pré-sal, onde nossa presença tem aumentado significativamente. Esse projeto permitirá uma sinergia entre nossos negócios de águas profundas, gás e energia elétrica, e para isso encontramos parceiros comprometidos e alinhados com nossos propósitos,” afirmou o presidente da Shell Brasil Petróleo Ltda, André Araujo.
Primeira usina a utilizar a turbina a gás MHPS com tecnologia M501JAC no Brasil, a Marlim Azul tem a expectativa de despacho de mais de 80%, o que permitirá complementar a intermitência da geração renovável com a exploração das reservas de gás natural do pré-sal. No pico da construção da planta, o número de empregos diretos criados poderá chegar a 1.500.
“A MHPS tem o privilégio de trazer nossa tecnologia líder mundial para o Brasil, ajudando a inaugurar uma nova era de uso do gás pré-sal brasileiro para fornecer energia flexível que complementará a geração intermitente de energia eólica e solar”, disse Paul Browning, CEO da MHPS Américas. Browning continuou: “A oportunidade para o aumento da estabilidade energética usando o gás associado ao pré-sal é um grande avanço para o Brasil que nós e nossos parceiros do Pátria e da Shell faremos. Juntos, vamos entregar uma mudança no poder”.