Foram viabilizadas 91 usinas de fontes hídrica, solar, eólica e térmica, adicionando 2.979 MW de nova capacidade instalada
O Leilão de Energia A-6/2019 terminou nesta sexta-feira, 18 de outubro, com a contratação de 1.155 MWmédios ao preço médio de R$ 176,09/MWh, movimentando pouco mais de R$ 44 bilhões. Foram viabilizados 91 empreendimentos de fontes hidrelétricas, solar, eólica e térmica, adicionando 2.979 MW de nova capacidade instalada, com expectativa de investimento de R$ 11,1 bilhões. O deságio médio ficou em 33,73%.
As distribuidoras compradoras foram Boa Vista Energia, Ceal, Celpa, Celpe, Cemar, Cemig, Cepisa, Coelba e Light. As usinas vencedoras precisam iniciar a entrega de energia em 1º de janeiro de 2025. O certame foi realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, e teve duração de 4 horas.
Venderam energia 11 usinas solares, 27 hidrelétricas, 44 eólicas e nove térmicas, sendo três a gás natural. Os investimentos estimados serão de R$ 2,14 bilhões para as fotovoltaicas, R$ 1,7 bilhão para as hídricas, R$ 4,48 bilhões para as eólicas e R$ 2,8 bilhões para as térmicas. A maioria dos projetos está localizada nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. As hidrelétricas vencedoras são São Roque (141,9 MW) e Tibagi Montante (36 MW).
Para o Leilão A-6, foram habilitados 1.541 projetos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), somando 71,3 GW de potência. A oferta real de projetos pode ter sido menor, pois a participação no certame dependia da apresentação de garantia financeira.
O governo dividiu o leilão em quatro produtos. As fontes hidrelétricas terão contrato de 30 anos, enquanto as eólicas e as solares terão de 20 anos. Usinas termelétricas a biomassa, a carvão mineral e a gás natural fecharão contratos por 25 anos.
O Ministério de Minas e Energia (MME) estabeleceu preços iniciais de R$ 285/MWh para as hidrelétricas, R$ 189/MWh para as eólicas, R$ 209/MWh para as de solar e R$ 292/MWh para as termelétricas.
Em agosto do ano passado, o Leilão A-6/2018 contratou 835 MWmédios ao preço médio de venda de R$ 140,87/MWh, representando um deságio 46,89% sobre os preços iniciais. Naquela oportunidade foram contratadas 62 usinas, adicionando 2.100 MW de capacidade instalada, com investimentos estimados R$ 7,68 bilhões.
Fonte: Agencia Canal Energia.