Governo prevê realizar até 31 de maio leilão para contratar energia para Roraima

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O Ministério de Minas e Energia definiu que um leilão para contratar soluções de energia para suprimento ao Estado de Roraima deverá acontecer até 31 de maio deste ano, prorrogando inscrições para interessados em participar, segundo portaria no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

O certame, que será promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), contratará projetos de suprimento a serem apresentados por investidores para a capital Boa Vista e localidades a ela conectadas, que hoje dependem de importações de energia da Venezuela e de termelétricas caras e poluentes.

A contratação tem como objetivo garantir maior segurança na oferta de energia no Estado, uma vez que o envio de energia pela Venezuela tem se deteriorado em meio ao aprofundamento da crise do país vizinho, o que gera blecautes na região.

O leilão estava antes previsto para acontecer em 16 de maio. O prazo para que interessados cadastrem seus projetos é até 1° de março, ante 15 de fevereiro anteriormente.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, as soluções de suprimento a serem apresentadas para o leilão poderão prever o uso misto de tecnologias, inclusive com possibilidade de uso de soluções de armazenamento de energia, como baterias.

O início de suprimento dos projetos contratados será junho de 2021, mas os contratos deverão prever a possibilidade de antecipação do prazo, desde que haja capacidade para escoamento da energia produzida, segundo a portaria do ministério nesta quinta-feira.

Em paralelo, o ministro de Minas e Energia também decidiu atribuir ao Operador Nacional do Sistema Elétrico a programação da operação e a coordenação da operação em tempo real do sistema elétrico isolado de Boa Vista e localidades conectadas.

A região não é conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), cuja operação é de responsabilidade do ONS.

“O ONS deverá assumir a execução das funções… até 1° de janeiro de 2021”, determinou o ministério em portaria.

Fonte: Reuters