O armazenamento de energia gerada pelas fontes solar e eólica não está dando muito certo. Tem havido explosões nas baterias de íon-lítio. De acordo com a Bloomberg, já houve pelo menos 21 incêndios em projetos de baterias na Coreia do Sul. Na semana passada, nos Estados Unidos, foi registrado um dos mais sérios. Houve uma explosão e um incêndio em um complexo de armazenamento de energia em uma propriedade da Pinnacle West Capital, na cidade de Surprise, no Arizona. Enquanto autoridades locais exigem respostas e empresas investigam as causas. Mas surge a suspeita de que esses incidentes se repetirem. Como parece o caso, novos episódios podem ameaçar o futuro da tecnologia de íon-lítio, a única que se provou até agora ser capaz de popularizar o armazenamento de energia em baterias.
A queda dos preços de íon-lítio é apontado como o principal fator do sucesso do mercado de baterias. Os custos caíram tanto que as baterias concorrem com usinas convencionais. Fazendas solares, distribuidoras de eletricidades e proprietários de imóveis compram esses equipamentos para ter retaguarda em caso de fornecimento intermitente de energia renovável. No caso da Arizona Public Service, pertencente à Pinnacle West, o objetivo é adicionar 850 megawatts de armazenamento até 2025 – o 
suficiente para abastecer mais de 600.000 residências de uma vez.
Mas essa meta foi estabelecida antes do incêndio. A Arizona Public Service informou o órgão estadual que regula distribuidoras de eletricidade que paralisou dois outros sistemas de baterias após a explosão, que feriu pelo menos quatro bombeiros. O sistema que está sendo investigado foi instalado pela empresa Fluence. Na Coreia do Sul, modelos defeituosos de baterias, choques externos durante a construção e sistemas falhos de gestão de baterias contribuíram para incêndios, que coincidem com uma fase de avaliação mais rigorosa das baterias de íon-lítio de menor porte, como as usadas em carros elétricos. Há uma enorme variedade de novas tecnologias que visam superar a de íon-lítio em performance e custo. Mas o predomínio das baterias de íon-lítio não será facilmente derrubado. Anualmente, a tecnologia é usada em mais de 85 % dos projetos de armazenamento de energia desde 2016.
Fonte: Petronoticias