Projeto Rio do Vento é o maior já desenvolvido pela empresa e maior encomenda da Vestas
DA AGÊNCIA CANALENERGIA
No ano passado, a Casa dos Ventos já tinha anunciado contrato de fornecimento de energia eólica com a Vale, que vai ser produzida pelo parque Folha Larga Sul e que também vão ter a Vestas como fornecedora dos equipamentos. De acordo com o diretor de novos negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, a empresa ainda negocia com os grandes consumidores que poderão ser abastecidos com a energia do complexo eólico e deve anunciá-los em breve. “O projeto tem sete SPEs, a gente vai alocar diferentes parceiros. Como é um parque muito grande, vai trazer vários consumidores”, avisa.
Araripe elogia a qualidade técnica do projeto Rio do Vento. Segundo ele, o alto fator de capacidade com grande escala permite tarifas competitivas no ambiente de contratação livre. “Os ventos lá são singulares”, observa. O complexo eólico pode ainda no futuro ser expandido para cerca de 1 GW, duplicando a capacidade. Outro atrativo do empreendimento é que há uma estação solarimétrica nele, o que indica que ainda pode abrigar uma usina solar. “A usina já nasce grandiosa, ela pode ser duplicada e tem capacidade de hibridização. É um negócio bem inovador, de benchmark”, observa Araripe à Agência CanalEnergia.
A Casa dos Ventos vem retomando os investimentos no setor eólico após ter vendido todo o seu parque operacional, que somava 1,1 GW. Desde então, ela já anunciou 600 MW nesse modelo de expansão, em que parte da capacidade dos projetos é viabilizada via leilão regulado e outra ela negocia com empresas contratos de longo prazo no mercado livre. As obras devem começar em fevereiro de 2020 e a previsão de começo da operação Rio do Ventos é ao longo do segundo semestre de 2021.
Embora tenha cadastrado projetos, a Casa dos Ventos não deve participar do leilão A-4, que será realizado no fim deste mês. A empresa deposita mais expectativas no leilão A-6, que terá demanda maior.