BNDES prorroga prazo de financiamento de R$ 960 milhões à Renova Energia

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Banco deu mais 60 dias para vencimento do empréstimo à companhia, que pretende usar os recursos para cumprir as condições precedentes para conclusão da venda do complexo eólico Alto Sertão III (BA) para a AES Tietê, o que pode acontecer ainda em junho

A Renova Energia afirmou durante teleconferência ao mercado e acionistas nesta quinta-feira, 16 de maio, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prorrogou em 60 dias o prazo para vencimento de um empréstimo de R$ 960 milhões de reais realizado junto a companhia. O financiamento, que venceria em 15 de maio, passa a ter validade até 15 de julho, e está atrelado a conclusão da operação de venda do complexo eólico Alto Sertão III à AES Tietê.

O contrato para compra dos projetos que compõe o complexo eólico foi assinado pelas partes ainda no começo de abril, mas o fechamento do negócio está sujeito a algumas condições precedentes dos dois lados, com declarações e garantias comuns a esse processo. Pela proposta, a aquisição envolveria a assunção pela AES Tietê da dívida junto ao BNDES. O acordo entre as elétricas prevê pagamentos de até 350 milhões de reais por Alto Sertão III e mais a admissão de R$ 998 milhões em dívidas do empreendimento, cuja construção está paralisada desde 2016 devido à falta de recursos da Renova.

Na avaliação do Diretor Vice-Presidente de Finanças, Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores da Renova Energia, Cláudio Ribeiro da Silva Neto, a empresa trabalha para possivelmente antecipar-se a este prazo final do financiamento junto ao Banco, de 15 de julho, o que pode modificar os preços positivamente para a empresa. “Acho que podemos nos antecipar para a primeira quinzena de junho”, estimou o executivo.

Perguntado sobre as dívidas, Cláudio afirmou que o passivo junto ao Banco BTG Pactual já foi repactuado, e que com o Citibank foi realizada uma proposta circulante. “Acredito que até sexta-feira da semana que vem isso deva ser finalizado”, afirmou, complementando com a informação de que a dívida maior com os acionistas será transformada em debêntures de longo prazo, com pagamento em duas séries, uma em três anos e outra em cinco.